quinta-feira, 22 de março de 2012

NÓS MUÇULMANOS (1)


CAMINHO DO ALCORÃO





                                                     ABERTURA
                 "Glorificamos Allah e pedimos bênçãos e paz para Profeta(Sallalláho Alaihi Wa Sallam) e para os seus companheiros, aqueles que o seguiram apoiando a causa da verdadeira Religião."




            Não vou tratar assuntos teologicos sobre a máteria, porque carece de um conhecimento bem direcionado e versado, vou sim tratar a nossa vida, nossa convinvência, nossas aspirações e também as nossas contribuições positivas para a sociedade em geral. O que a maioria pretende que seja a vida Isslámica, de acordo com os ensinamentos do Profeta (Sallalláho Alaihi Wa Sallam), tais ensinamentos seguidos com evidência, teríamos um mundo diferente do que temos.
            Os filhos quase que viraram as costas aos seus progenitores, como se esses não tivessem valor moral perante a sociedade, pais e mães têm de aceitar esse flâgelo. O pepino se torce quando pequeno, muito certo, mas a nossa sociedade é híbrida para todos os efeitos, até morais. Que saída possamos conseguir neste enredo? Não temos meios próprios para acompanhar a evolução educativa dos nossos filhos, digo, um ensino do básico ao superior sem risco de contágio.
             Existem esforços maiores de alguns irmãos que se dedicam dias e meses, com único objectivo: Exortar os irmãos às boas práticas e persuadir a não prática de más acções. É uma missão universal que abarca todos os continentes do mundo, e de adolescente ao mais velho. Eu torço que os mais jovens muçulmanos, oiçam a razão e a lógica dessas movimentações, de irmãos de quatro cantos do mundo que apelam as camadas para praticarem boas acções e evitarem o contágio nos  meios imundos e nocivos, para adorarem em Allah e pedirem perdão. Essa missão bem resumido é isso. Não tem alguma inovação, é tudo nos "conforme".
              Nossos jovens, de que estão espera?
              Saibam que o tempo mundano é exíguo em relação ao Mundo do Além. O que estamos preparando para o que nos espera? Jovens, o futuro deste Dine depende de vocês. Por favor deixem de ser enganados pelos demónios!


                         
                 


                     Para melhor entendermos a essência do nosso Dine, precisamos seguir aos ensinamentos dos Âlimos, pessoas abalizadas na máteria e versadas sobre os elementos fundamentais da nossa Religião, o Isslamismo.

                                             Alguns extratos do livro( Fazail-E-Amaal):

                                             A abstinência e abnegação da parte dos Sahabah:
                    Existe, uma vasta gama dos ditos do Profeta( S A W S) a esse respeito, de tal modo que é extremamente difícil escolher apenas alguns exemplos. Ele disse: " A abstinência é um bem para um Mu´min(crente):
                   O profeta de Allah( Sallalláho Alaihi Wa Sallam) disse: "O Meu Senhor ofereceu-me para que eu transformasse as montanhas de Makkah em ouro. Mas, a minha súplica para com Ela, foi:"Ó Allah! Prefiro comer um dia e passar a fome no dia seguinte, para que eu possa chorar perante Vós e lembrar-me de Vós na altura de fome e para que eu seja grato e possa louvá-Lo quando a fome desaparecer!" Isto foram as palavras do nosso querido Profeta de Allah(S A W S).
                   Nós proclamamos ser seus seguidores e orgulhamo-nos por pertencer ao seu povo. Não cabe a nós seguí-lo também nesta prática?
                   " Certa vez, Abu Hurairah(Radiyalláhu Anhu), após limpar o seu nariz com um pedaço de linho fino, disse, dirigindo-se a si próprio:"Vejo Abu Hurairah" Ele limpa as suas narinas, hoje em dia com linho. Lembro-me ainda daquele tempo no qual costumava deitar-me entre o púlpito e a casa do Sagrado Profeta de Allah (S A W S).
                    As pessoas pensavam que sofria de epilepsia e assim colocavam os seus pés junto ao pescoço. mas não havia nenhuma doença a não ser espasmos de fome".
                    Abu Hurairah(Radiyalláhu Anhu) teve de passar dias com fome. Por vezes, ficava de tal forma dominado pela fome que caía inconsciente a as pessoas julgavam que estava a ter um ataque de epilepsia.
                   É bem provável que naquela época eles tentassem controlar a epilepsia pondo os pés por cima do pescoço do doente.
                   Abu Hurairah (R A) é daqueles que sofreu bastante com os extremos de necessidade e pobreza, nos primórdios do Islam. Contudo, ele viu também bons dias, mais tarde, quando as conquistas muçulmanas foram bem sucedidas.
                  Era um homem piodoso e gostava bastante de efectuar orações facultativas. Tinha consigo um saco cheio de caroços de tâmaras e costumava utilizá-los para a contagem do seu Zikr. Quando o saco se esgotava, a sua servidora enchia-o novamente.
                  Durante a noite, alguém em sua casa estava em oração. Ele, a esposa e a servidora faziam orações durante toda a noite, por turnos.  
                  Vejamos e analisemos muito atentamente essa passagem, esse companheiro do Profeta (S A W S), passou por muitos sofrimentos e quando teve uma vida normalizada intensificou suas recordações para com Allah.Nós, devido os nossos exíguos bens, tem sido a razão de perdição e os nossos filhos se mergulham em sociedades maléficas.
                  Gostaria de ver os mais jovens bem empenhados em assuntos de carrís religioso, tentarem pautar por vias a que são aconselhados pelos bem entendidos de Dine. Procuremos seguir aos que nos dão bons caminhos.


                    Muitas vezes, o que nos leva a perdição, nós os jovens e até os mais velhos, é o desejo incessante de querer ser melhor que os outros, assim esquecemos que perante Allah não existem homens diferentes. As dádivas de Allah não podem ser o motivo de orgulho ou separação entre os homens. Devemos agradecer ao Senhor e se possível apoiar aos mais fracos, sem esbanjamento nem extravagancia e arrogância.
 A humildade é a mãe de todas as virtudes!

 

                                          A HISTÓRIA DO BILAL SOBRE O PROFETA(Sallalláho Alaihi Wa Sallam) 
                       
                     Alguém perguntou a Sayyiduna Bilal (radiyalláhu Anhu) a respeito das despesas do sagrado profeta de Allah(Sallalláho Alaihi Wa Sallam). - Ele disse que o Profeta(S A W S), nunca armazenou nada para uso futuro. Eu organizava dinheiro para ele. Sempre que um necessitado, esfomeado ou aquele que precisasse de roupas aparecia, ele entregava a mim e eu, através de certos empréstimos, resolvia a situação.
                    Isto era o que normalmente acontecia. Certa vez, um Mushirik(idólatra) veio ter comigo e disse-me:"Veja! Eu tenho muito dinheiro para distribuir, assim não peças empréstimo a mais ninguém. Sempre que precisares,vens ter comigo imediatamente. - Eu disse-lhe que era apreciativo. Assim comecei a pedir empréstimos a ele para preencher as necessidades do Profeta de Allah (S A W S).
                    Certa vez,após eu ter efectuado Wddhu(Ablução) e estava prestes a dar Azán(chamamento), o mesmo idólatra acompanhado por mais alguns, veio e gritou: Ó negro! Quando lhe atendí, começou a insultar-me,utilizando uma linguagem obscena e disse:"Quantos dias faltam para o final deste mês?" Alguns, respondí-lhe. Ele disse muito insolentemente:"Vê! Faltam somente quatro dias para o final do mês. Se não liquidares as tuas dívidas até o final do mês, tomar-te-ei como meu escravo e voltarás a pastar as cabras como fazias anteriormente".
                     Depois de fazer isso,foi se embora. Fiquei melancólico e bastante preocupado durante o dia.
                     Após a oração de Isha, quando o Profeta de Allah (S A W S) encontrava-se sozinho, dirigí-me a ele e contei-lhe o sucedido,dizendo:" Ó Profeta de Allah! Nem você tem o dinheiro e, nem serei capaz de arranjar o dinheiro suficiente, tão rapidamente. Receio que o idólatra me humilhe. Por conseguinte, pretendo afastar-me por alguns dias até que você consiga arranjar o dinheiro suficiente para liquidar as dívidas. Fui para casa , peguei na minha espada, escudo e nos meus sapatos e esperei pelo amanhecer, a fim de me ir embora.
                      Ainda antes da aurora, alguém veio ter comigo e disse-me: "Rápido. O profeta de Allah (S A W S) chama-te".
                      Apressei-me para a Mesquita e encontrei  quatro camelos carregados de mercadorias, perto do Profeta. E disse-me: Boa nova Bilal. Allah abriu caminho para o pagamento das tuas dívidas. Leva estes camelos com a mercadoria. O chefe de Fidak enviou-me estes camelos  em oferta.
                      Agradecí a Allah, levei os camelos e liquidei toda a minha dívida. Entretanto, o Profeta de Allah(S A W A) estava sentado na Mesquita.
                      Quando voltei, disse:"Alhamdulillah.Todas as dívidas estão liquidadas. Ó Profeta de Allah! E perguntou-me se tinha ainda restado algo. Eu disse-lhe que tinha restado sim. E ele ordenou-me que fosse distribuir tudo sem deixar nada de volta.
                      Entretanto o Profeta de Allah(S A W S) permaneceu na mesquita o dia todo. Após a oração de Isha. Perguntou-me novamente se tinha restado alguma coisa. Disse-lhe que ainda algo restava.Alguns necessitados não tinha vindo.
                     Ele passou a noite na Mesquita. No dia seguinte, após a oração de Isha chamou-me e disse:"Bilal! Já está tudo distribuido?" Eu disse que sim. Allah abençoou-vos com a paz. Tudo esta distribuido".
                    Ouvindo esta notícia, o Profeta de Allah(S A W S) começou a recitar as Glórias a Allah, pois ele não gostaria que a morte viesse surpreendê-lo enquanto alguma coisa permanecesse em sua posse. Aí ele foi a casa e encontrou-se com a família.
                    É um hábito comum nas pessoas piedosas que elas não gostam de armazenar riquezas.
                    Como seria possível que o Profeta de Allah(S A W S), sendo a fonte de piedade, gostasse de guardar alguma em sua posse?
                    É relatado a respeito de Moulana Abdur Rahim(Rahmatulláhi Alaihi), por conseguinte um Santo da nossa era, que tudo aquilo que lhe era oferecido, distribuía-o imediatamente, não guardava nada para si.
                    Alguns dias antes da sua morte, entregou todas as suas roupas a um servidor e disse-lhe:" Se eu necessitar alguma roupa para vestir, pedirei a si".
                   Portanto são factos, relacionados com uma certa abstinência e o temor a Allah. Esses santos se preocupavam pela vida futura, que é infinita. Que as condições dessa vida que nos espera, depende do nosso perfil e a forma como lidamos com vários elementos deste Mundo.Saibamos que toda beleza mundana é passageira e as nossas riquezas nada poderão interceder perante a justiça Divina.                 
    

   
                                             Madressa da Mesquita Umar-Beira(bairro Bambú)












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